Neste novo roteiro na Bélgica passamos por Bruxelas e Gante. Com menos tempo do que na viagem de 2018, desta vez deixamos Bruges de fora. No ano anterior fomos no início de outubro, Elisa e eu. O clima ainda estava super agradável, nem calor nem frio. Desta vez, final de novembro e início de dezembro, o frio nos pegou com tudo e conto como foi essa experiência de viajar ao mesmo local em climas diferentes.
O bom de repetir lugares é que já aprendemos nas outras vezes e vamos aproveitando melhor o tempo e os passeios. Desta vez chegamos pelo aeroporto de Bruxelas, Zaventen, bem mais perto que o de Charleroi. A diferença no preço da passagem (chegar pelo aeroporto central é mais caro) compensa com o gasto na passagem de trem e no tempo de viagem do aeroporto ao centro da cidade.
Confira neste post como foi chegar por Charleroi e os custos de transporte.
Pegamos um trem direto para Gante. A estação é dentro do aeroporto mesmo e a viagem durou pouco mais de 50 minutos. Fomos apenas com uma mochila cada uma e não perdemos tempo esperando bagagens, arrastando malas, carregando peso. A passagem de trem custa 17,80 e crianças acima de 12 anos não tem desconto. Menores de 12 não pagam.
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Como chegamos no início da tarde, deixamos as coisas no hotel, almoçamos e fomos direto à oficina de turismo da cidade para buscar nossos cartões para visitar a cidade. Ganhamos o City Card Gent All In, que nos dava acesso a todas as atrações além de podermos utilizar o transporte público. Para os menores de 18 anos não é tão vantajoso já que eles tem acesso gratuito a maioria dos museus da cidade, mas no caso de adultos, resulta em uma boa economia. Pode ser comprado para 48 (36 euros) ou 72 horas (42 euros).
Começando nosso roteiro na Bélgica
Logo em frente à oficina de turismo está o Castelo dos Condes e foi por onde começamos nosso roteiro na Bélgica. Construído em 1180 pelo Conde Felipe de Alsacia, foi dos primeiros castelos de pedra construídos no mundo e onde foi inventada a chaminé! Era a construção mais alta da cidade. O conde queria mostrar quem mandava. A visita ao castelo é muito interessante, com uma coleção de armas, a sala das torturas, os aposentos dos condes (com uma impressionante diferença entre o tamanho do quarto do conde para o de sua esposa) e uma vista linda da cidade!
Depois de visitar o castelo, fomos passear pelos canais. Como aconteceu com o passeio que fiz com a Elisa no nosso primeiro roteiro na Bélgica, em Bruges, o condutor do barco foi muito gentil, nos ofereceu mantas e tentou explicar os locais pelos quais passávamos em vários idiomas (português não rolou desta vez, mas um espanhol ele arranhava). Mas ele tinha um guia em português do passeio que me salvou! O passeio de barco pelos canais não pode ficar de fora da visita , tanto em Bruges como em Gante.
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Tudo em Gante é perto e podemos visitar vários locais em um dia. A Igreja gótica de San Nicolas, o Belfort e a Catedral de São Bavão. Estas construções formam a fila de torres da cidade e uma subida no Belfort, o campanário da cidade e Patrimônio da Humanidade, vale a pena.
O Belfort é uma construção do século XIV que serviu de torre de vigília da cidade entre 1442 até 1869. Observe o dragão no alto da torre, que protege a cidade desde 1377. A subida pode ser feita por elevador, mas não atende a todos os andares.
A Catedral de São Bavão, logo em frente, é outra visita imperdível. Construída sobre outra igreja, do século X e outra do século XII. Foi nesta igreja que Carlos I de Espanha e V de Alemanha foi batizado. Me fascina como a história se conecta!
Na Idade Média Gante era uma cidade rica e poderosa e suas construções, grandiosas! A catedral é um exemplo. De igreja foi transformada em uma catedral que guarda tesouros de grande valor. Entre eles, a obra de maior de destaque, A Adoração do Cordeiro Místico. Considerada uma das obras de arte mais importantes do mundo, também é uma das mais roubadas, senão a mais. Dos 18 painéis que compõem a obra, um continua desaparecido desde o último roubo, em 1934. Na ocasião foram roubados 2 painéis, sendo que um deles foi devolvido. O outro segue desaparecido sem ter deixado pistas. Várias histórias surgem em relação a este desaparecimento, mechendo com o imaginário da população da cidade, que não perde as esperanças de que um dia a peça desaparecida seja encontrada.
Gante, uma cidade kids friendly
A cidade conta ainda com vários museus, mas como nosso tempo era curto, focamos no que parecia mais interessante para a Lu conhecer. Então fomos a Casa de Alijn, um museu da vida cotidiana. Cada espaço do museu, que fica no edíficio do antigo hospício da cidade, exibe objetos utilizados ao longo do século XX, levando as crianças a uma viagem no tempo. O legal é poder mostrar aos filhos coisas que fizeram parte da nossa infância e juventude, como brinquedos, máquinas de escrever, material escolar e tantas coisas mais. No começo achei a visita um pouco desinteressante, mas a segunda parte do museu é bem legal e acabamos ficando um bom tempo lá. No final havia uma máquina antiga de fotos de cabine e fizemos a nossa.
Antes de ir embora para prosseguir nosso roteiro na Bélgica, na manhã seguinte levei a Lu na rua do Grafiti. A cidade estava começando a enfeitar-se para o natal e apesar de não ter nada finalizado, muito da decoração já estava nas ruas. As luzes, árvores, brinquedos para as crianças. Combinamos de voltar em dezembro, desta vez com a família. A Bélgica é um país que merece muitas visitas.
Restaurante Du Progres
Durante nossa estadia fomos convidadas pela oficina de turismo a almoçar em um restaurante super tradicional na cidade, o DU PROGRES. Uma coisa bem interessante para quem viaja com crianças é que os restaurantes em Gante que são kids friendly tem um dragão amarelo na porta. Isto informa aos pais que ali eles encontrarão um cardápio específico para os pequenos. O Du Progres é um deles.
Nós não sabíamos o que pedir então pedimos a sugestão do chef. A Lu pediu uma massa que estava deliciosa e eu pedi uma carne de porco que não saberei dizer o nome, mas era muito macia e adocicada. De entrada nos serviram uma sopa de maçã com aipo que não tenho nem como descrever o quão deliciosa era. Recomendo e comeria só ela, com certeza. Mas queria provar tudo, gulosa. Os pratos vem acompanhados de uma salada e batatas fritas, óbvio. E são tão bem servidos que não demos conta da sobremesa! Ficamos no café e depois muito passeio pra fazer a digestão. Comemos muuuito bem e adoramos todo o ambiente do restaurante assim como o atendimento.
Ficamos hospedadas em um hostel bem no centro da cidade, com quarto e banheiro privativo, o 13 O’clock Hostel. Um hostel simples, bem básico, mas limpo e confortável. O preço em relação à localização super valeu a pena. Não tinha café da manhã, mas isso em Gante não é problema. Nada mais gostoso que sentar em uma cafeteria e comer um pão quentinho, um croissant ou até mesmo um waffle. E nosso quarto tinha cozinha, caso quiséssemos preparar algo ali mesmo.
Roteiro na Bélgica – dia 03
Seguimos para Bruxelas pela manhã, em uma viagem que durou 20 minutos e custou 11,10 cada passagem. Chegamos pela estação central, pois nosso hotel ficava próximo. Deixamos as mala e já saímos a passear. Ganhamos da oficina de turismo os passes do ônibus turístico da cidade, que faz 2 rotas de 75 minutos cada. Começamos pela rota 2.
Leia aqui nossa experiência com os ônibus turísticos Hop-on Hop-off.
Neste nosso roteiro na Bélgica incluímos algumas visitas que não fizemos na primeira vez. Além de passear pelas ruas da cidade e visitar os já tradicionais pontos turísticos que estão em nossos outros posts sobre a Bélgica, fomos convidadas a visitar algumas atrações, como o Atomium, a Mini Europa e o ADAM, Museu de Design de Bruxelas.
Neste post conto em detalhes nossa visita ao ATOMIUM, símbolo incontestável de Bruxelas.
E aqui conto como foi visitar a Mini Europa, o passeio que a Lu mais gostou.
Cabe dizer que Bruxelas estava realmente encantadora com a decoração de natal. Foi uma outra visão, totalmente diferente da que tivemos quando fomos no outono. E não tenho dúvidas de que o que a Luisa mais amou foi ir diariamente ao Manneken Pis para conferir a roupa que ele estava usando. Durante nossa estadia ele trocou de roupa pelo menos 4 vezes e como é informado o horário de troca, uma noite ficamos de plantão, debaixo de frio e garoa, esperando ele trocar de roupa!
A visita nesta época do ano deve ser planejada devido aos horários reduzidos de muitas atrações. Aqui em Madrid estamos acostumados com tudo fechando mais tarde, restaurantes abertos até altas horas e isso foi o que mais estranhamos. Museus fechando às cinco, restaurantes às 10 da noite, lojas às 7. Nos restava caminhar pelas ruas, apreciar a iluminação e o movimento típico de uma cidade turística.
Ir à Bélgica no inverno, nesta época de natal, é uma experiência e tanto. Tanto pelo frio congelante (sim, nós passamos frio apesar de estarmos bem agasalhadas) como pela decoração nas ruas e o clima navidenho. Ir no outono confesso que foi bem mais agradável, pelo temperatura. Mas pela beleza da cidade, dezembro nos encantou. Quem não curte o frio, procure ir na primavera ou entre setembro e outubro. Apesar do frio que passamos, quero voltar no inverno com toda a família e curtir cada etapa de mais um roteiro na Bélgica!
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